quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Skinhead Reggae!

Fala cambada,
Vai ai um videozinho massa que mostra a união entre negros e brancos entorno do reggae e como eles dançavam antes do reggae se tornar quase que totalmente rasta!

Skinhead Reggae 1970-Skinhead Moonstomp
Enviado por LostPirate77. - Veja mais vídeos de música, em HD!
Keep the Faith!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mais ULTRAS ANTIFA!

Fala cambada,
Para quem estava com saudade das torcidas com tendências "sinistras" vai ai mais uma torcida comunista!
Esse grupo denomina-se Gate 9 fundados em 1992, são do Chipre,isso mesmo que você leu! Eles possuem uma ligação de amizade com os Ultras do Hapoel de Israel já citados aqui no blog, o mais interessante é que além de serem uma das maiores torcidas do Chipre seus inimigos se chamam apoel e seus Ultras apresentam orientação política de direita....








C'MON ANTIFA HOOLIGANS!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Luto-Fabio Crippa Primeiro Campeão do Mundo

Domingo de luto para todos Palestrinos, faleceu hoje o goleiro da final do primeiro Mundial.
Texto do site oficial do Palmeiras




Faleceu na manhã deste domingo (23), o goleiro campeão do mundo interclubes de 1951 pelo Palmeiras, Fábio Crippa, aos 82 anos. O corpo do ex-jogador está sendo velado no Cemitério da Vila Alpina, Zona Leste da cidade, e vai ser cremado às 18h. Vítima de Mal de Alzheimer, Fábio teve seu estado de saúde agravado nos últimos três meses e veio a falecer nesta manhã. 

Tido como uma das revelações do Campeonato Paulista de 1949 atuando pelo Nacional A.C., Fábio Crippa era uma jovem promessa quando foi contratado pelo Palmeiras no início de 1950 pelo então presidente Ferrucio Sandoli. 

Reserva de Oberdan Cattani na primeira fase do mundial interclubes de 1951, assumiu a posição na semifinal diante do Vasco da Gama. Foi muito bem fechando o gol na reta final da competição e sendo peça fundamental para a conquista do título. 

Após a final diante da Juventus da Itália, o capitão da equipe palmeirense, Jair da Rosa Pinto, eleito o melhor jogador da Copa Rio, elegeu Fábio como o jogador mais importante da conquista. “Ele [Fábio] foi um gigante. Merecia o prêmio de melhor jogador da competição, pois garantiu o resultado”, falou à época. 

Pelo Palmeiras, atuou em 80 jogos e sofreu 101 gols, no período entre 1950 a 1956. 

A Sociedade Esportiva Palmeiras oferece aos familiares de Fábio Crippa as condolências, bem como os mais estimados préstimos. 



ULTRAS PORTUGAL

Fala cambada,
Dando um voltinha pelo mundo das "claques" (como as organizadas se chamam em Portugal) vi algo que me chamou a atenção, a união que eles possuem quando necessário lutar contra um inimigo comum (A.C.A.B.)! muito além das disputas com seus rivais,é a luta contra a repressão nas arquibancadas. O caso é que um membro dos Panteras Negras (Torcida do Boa Vista) foi agredido por policiais (acho que já vi isso em algum lugar...) então vários grupos levaram faixas em protesto anti futebol moderno nas rodadas seguintes, tudo bem a noticia é velha (2006) mas uma união deste tipo inspira os verdadeiros torcedores eternamente! Por isso vai ai as fotos do protesto e as respectivas "claques"
  

Sporting-Ultras Covilha

Duxxi-Sporting

Diabos Vermelhos-Benfica

Ultras Ermesinde-Ermesinde s.c.

Máfia Vermelha-Leixoes

Furia Azul-Belenenses

Desnorteados-S.C.Espinho

Bracara Legion-S.C. de Braga

Ultras Fúria verde- Rio Ave F.C.


Bom espero que isso sirva de exemplo para as nossas "claques" pois as vezes as diferenças podem e devem ser deixadas de lado sem que a rivalidade acabe!
NO AL CALCIO MODERNO!

The Twisted wheel history

Fala Cambada,
Depois de ter postado a historia do Twisted wheel imagino que vocês ficaram curiosos de saber o que tocava lá, né!? vai ai então uma coletânea dos melhores sons que agitavam a pista daquela época.


1. Good Time Tonight - Soul Sisters (1)
2. Shotgun And The Duck - Lee, Jackie (1)
3. Fife Piper - Dynatones
4. You Get Your Kicks - Ryder, Mitch
5. Everybody's Going To A Love In - Brady, Bob
6. Karate Boogaloo - Jerry O
7. Gonna Fix You Good (Everytime You're Bad) - Little Anthony
8. Lill Lovin' Sometimes - Patton, Alexander
9. Ain't No Soul - Milsap, Ronnie
10. Humphrey Stomp - Harrison, Earl
11. That Driving Beat - Mitchell, Willie
12. There's Nothing Else To Say - Incredibles
13. Any Day Now - Jackson, Chuck
14. Dr Love - Sheen, Bobby
15. Love Is After Me - Rich, Charlie
16. Little Queenie - Black, Bill (1)
17. Secret Agents - Olympics
18. Tightrope - Foxx, Inez & Charlie
19. I Got What It Takes - Foxx, Inez & Charlie
20. That's Enough - Robinson, Roscoe
21. Open The Door To Your Heart - Banks, Darrell
22. My Elusive Dreams - Dillard, Moses & Joshua
23. Next In Line - Lands, Hoagy
24. It Keeps Rainin - Domino, Fats
25. Get Out Of My Heart - Dillard, Moses & Joshua
26. Never Love A Robin - Barbara & Brenda


Link

Keep The Faith!
(Chupinhado do soulitario )

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Protetstos Ultras

Fala Cambada,
como fazia tempo que eu não colocava um protesto bem a estilo ultras vai ai uma foto de uma torcida da dinamarca (acho pois o texto estava em dinamarquês, e quem diabos fala dinamarquês além deles!rs) 


na faixa acima desse bandeirão muito style esta escrito "Porque tudo deve ser tão chato e broca" só não me perguntem o que eles querem dizer com broca pois eu só falo dinamarquês culto!rs
NO AL CALCIO MODERNO!

Northern Soul e Twisted Wheel

Fala Cambada, 
Resolvi postar mais um texto sobre a origem do Northern soul e seu primeiro club o Twisted Wheel afinal para quem pensa que quem inventou esta história de dançar até o sol nascer sobre efeito de estimulantes foram os djs de tecno, é porque não conhecem está subcultura proletária inglesa da decada de 60! Ah desculpem alguns erros de tradução mais o tradutor do google é assim...rs
KEEP THE FAITH!


Northern Soul é a música eo movimento de dança que emergiu na cena mod britânica, inicialmente, no norte da Inglaterra no final dos anos 1960. Northern Soul consiste principalmente de um estilo particular de música soul negra norte-americana baseada na batida pesada e tempo rápido de meados da década de 1960 o som da Motown Tamla.
O movimento Northern soul, no entanto, geralmente evita à Motown ou a música da Motown influenciada que teve sucesso significativo. As gravações mais apreciadas pelos entusiastas do gênero são geralmente produzidas por artistas menos conhecidos, e foram lançadas inicialmente apenas em número limitado, muitas vezes por pequenos regionais dos Estados Unidos rótulos como Ric-Tic e Golden world (Detroit), Mirwood (Los Angeles) e Shout Okeh (New York Chicago /).
Northern soul também está associada a estilos de dança particular e modas que cresceu para fora do underground de rhitym & soul cena do final dos anos 1960, em locais como o Twisted Wheel de Manchester. Essa cena (e as danças associadas a moda) rapidamente se espalhou pelo Reino Unido  outras casas como as catacombs (Wolverhampton), as Salas de Highland em Blackpool Meca, Golden Torch (Stoke-on-Trent), e Wigan Casino. Como a batida favorecida tornou-se mais ritmada e frenética, pelo início dos anos 1970, a dança northern soul se tornou mais atlético, um pouco parecido com os estilos de dança depois de discoteca e dança break. Apresentando spins, flips e backdrops, os estilos de dança do clube eram frequentemente inspirados pelo performances de palco de artistas do soul americano como Little Anthony & The Imperials e Jackie Wilson.
Durante os anos iniciais da cena Northern Soul no final dos anos 1960 e início de 1970, os registros popular Northern Soul geralmente não eram lançamentos recentes e, geralmente, datado de meados dos anos 1960. Isso significava que o movimento foi sustentado (e "novos" gravações adicionado playlists) por DJs de destaque descobrindo discos raros e até então ignorado. Mais tarde, alguns clubes e DJs começaram a afastar-se do som Motown dos anos 1960 e começou a tocar novas versões com um som mais contemporâneo.
HISTÓRIA

Fotografia de um sew-em patch com o símbolo do punho fechado adotado pelo movimento northern soul
A frase northern soul foi cunhado pelo jornalista Dave Godin, e foi usado publicamente em sua coluna semanal no Blues e Soul revista em junho de 1970.
Em uma entrevista de 2002 com Chris Hunt, da revista  Mojo , Godin disse que o primeiro a chegar com o termo em 1968, para ajudar os funcionários em sua loja de discos, 'Soul City', em Covent Garden, diferenciar os sons mais modernos do funk, em relação ao mais suave, Motown de influência soul de alguns anos anteriores:
Eu comecei a notar que os fãs de futebol do norte que estavam em Londres para acompanhar sua equipe estavam chegando na loja para comprar discos, mas eles não estavam interessados nos últimos lançamentos da black music americana. Eu inventei o nome como uma abreviação de vendas prazo. Era só para dizer "se você tem clientes do norte, não perca tempo tocando as novidades dos EUA, é só togar o que eles gostam - 'Northern Soul'.
O local mais comumente associado com o desenvolvimento inicial da cena  foi o Twisted Wheel de Manchester.O clube começou no início dos anos 1950 como um café-bar chamado beatnik A ala esquerda, mas no início de 1963, as instalações degradadas foram alugadas por dois empresários Manchester (Ivor e Phil Abadi) e se transformou em um espaço de música.
Inicialmente, o Twisted Wheel principalmente tocava música ao vivo nos fins de semana e só discos noites durante a semana. A partir de setembro de 1963, os irmãos promoveram-Abadi partes durante toda a noite no local nas noites de sábado, com uma mistura de música gravada e ao vivo. DJ Roger Eagle, um colecionador de importados americanos jazz, soul e rhythm and blues, foi autuado em torno deste tempo, e reputação do clube como um lugar para ouvir e dançar ao americana de R & B música mais recente começou a crescer.
Durante meados dos anos 1960, o Twisted Wheel se tornou o foco da cena mod de Manchester, com uma política de música que reflecte os gostos ecléticos do Dj Eagle em soul e no jazz, e com actuações ao vivo por músicos british beat e as estrelas de R & B. Aos poucos, a política da música tornou-se menos eclético e deslocado fortemente para o soul em ritmo acelerado, em resposta às demandas da multidão crescente de dançarinos abastecida por anfetaminas que afluíam para o todo-nighters. Consternado com a mudança na política de música e os ataques frequentes de drogas pela polícia, Eagle sai do clube no início de 1967. Eagle disse um dos participantes regulares, "Tudo o que eles queriam era ritmo rápido soul ... [mas eles estavam] muito loucos de anfetaminas para articular exatamente o que Jackie Wilson record o que eu queria jogar."

Comemorativa sew-em patch semelhantes às usadas pelos membros Twisted Wheel.

Até então, a reputação do Twisted Wheel e do tipo de música a ser tocada lá havia se tomado o país. Em 1969, os fãs estavam viajavam de todo o Reino Unido para assistir à sábado todos os nighters. Os donos do local haviam sido capazes de preencher a vaga deixada por Eagle com uma lista crescente de DJs  especialista em soul. Depois de assistir a uma das sede do todo-nighters em janeiro de 1971, Godin escreveu: "... é sem dúvida o maior e melhor que tenho visto fora dos EUA ... nunca pensei que viveria para ver o dia em que as pessoas poderia então relacionar o conteúdo rítmico da música Soul de movimento corporal a um tal grau qualificado! "
O Twisted Wheel ganhou uma reputação como um paraíso de drogas, e sob pressão da polícia e outras autoridades, o clube fechou em janeiro de 1971. No entanto, no final dos anos 1960, a popularidade da música e estilo de vida associados com o clube já havia se espalhado ainda mais todo o norte ea região central da Inglaterra, e um número de novos locais de acolhimento tinha começado a alma de todos os nighters. Estes incluíram o Monkey King em Sheffield, as catacombs em Wolverhampton, Room at the Top em Wigan e Va Va em Bolton.

(texto chupinhado do soul beat)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

futebol,mulher e ultras!

Fala cambada!
Bem eu estava relendo alguns posts e notei que faltava um pouco mais de uma das paixões deste blog, MULHER! mas como esse blog se dedica a divulgar a subcultura inglesa do fim da decada de 60 eu não podia só colocar a foto de uma gata...quer dizer poder eu posso esse blog é meu mesmo! mas achei mais interessante misturar aos temas do blog, e como o tema ULTRAS é extremamente comum vai ai a foto de uma gata ao velho estilo ultra!


e para essa foto eu só posso falar...VAI BAYER!
Keep the faith!
PS:se você é gata e tem alguma foto relacionada aos principais temas deste blog, me envie!
(foto chupinhada do Ultras tifo)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A história do skinhead reggae...



De volta das férias resolvi postar um texto explicando um pouco mais sobre esse ritmo!
Keep the Faith and happy 2011!!!!

"Pode se dizer que todo Skinhead Reggae é Early Reggae, mas nem todo Early Reggae é Skinhead Reggae. Não basta ter sido gravado no final de 1968 pós-rocksteady e com shuffle clássico da guitarra. São muitas coisas fazem um som ser “skinhead”.
Skinhead Reggae é um rico gênero com diversas subdivisões escondidas. Em sua forma mais primitiva, o reggae foi criado por um senhor jamaicano chamado Toots Hibbert em 1968. Mas isso foi só o ponta pé inicial, já que no ano seguinte, e em outro lugar, foi que tudo aconteceu.
O boom do genêro aconteceu na Inglaterra em 1969, ano que o ritmo se consolidou. A maioria das gravações, e, com certeza as melhores, saíram esse ano. Diversos outros fatores também ajudaram a formar o tal espírito 69. É mais que uma simples data. Foi o ano em que as diferenças raciais estavam sendo deixadas de lado, a música ganhava cada vez mais força, jovens estavam nas ruas lutando pelos seus direitos em diversos países, o homem alcançava mais espaço do que nunca, ele pisava na Lua.
Uma das levadas que mais marcou esse ritmo foram os tunes ditos de lua, mais conhecidos como “Moonstomp”, o fraseado do baixo repetido constantemente fazia que os jovens da época dançassem imitando um astronauta caminhando na lua lentamente, os Hippy Boys gravaram um tema instrumental chamado “Neil Armstrong”, homenageando o primeiro astronauta que chegou lá.
Mantendo uma levada parecida temos as produções de Laurel Aitken pelo selo Nu Beat da Pama Records, importante gravadora que popularizou o Skinhead Reggae. As músicas gravadas por Laurel nessa época tinham um baixo ainda mais lento e constante do que o "gênero" Moonstomp, chegando a ser até massante de se ouvir por muito tempo, é um som mais cabeçudo, que facilitava a dança dos jovens ingleses. Um exemplo disso é o clássico “Apollo 12” (referência direta ao projeto da NASA “Apollo” que mandava naves espaciais para lua).
Também é necessário reconhecer a importância dos produtores no Skinhead Reggae. Foram eles que tomaram as rédeas do ritmo e começaram a produzir com suas bandas de estúdio instrumentais e versões em seus respectivos selos. Isso fez com que o Skinhead Reggae evoluísse das linhas de baixo marcadas pela distorção da guitarra para belos instrumentais, tendo como principal solista os organistas e seus brilhantes Hammonds. Os melhores produtores sempre estavam a frente de um selo e lançavam seus sons, cada um com sua marca registrada.Duas gravadoras foram responsáveis por manter o Skinhead Reggae no topo dos charts ingleses, a Pama e a Trojan. Sem elas a história do Skinhead Reggae não seria a mesma, talvez esse estilo musical nem chegasse a existir se não fosse os lançamentos das duas, elas estão para o Skinhead Reggae assim como a Motown e a Stax estão para o Soul.
Pela Pama os produtores que se destacaram foram o Bunny Lee com seu selo Unity onde chegou a lançar vários instrumentais, destaque para o inusitado tema “Ivan Hitler The Conqueror”, hammond assassino! Foi das produções de Bunny Lee que saiu o clássico do Skinhead Reggae “Wet Dream” cantada por Max Romeo. Podemos dizer que é um som “skinhead slackness” estilo que Lloyd Chamers também gravou. Esse single do Max Romeo chegou a vender 250.000 mil cópias. O produtor aproveitou a base e também lançou no mesmo riddim a versão com o trombone solando chamada “Daydream” com os Bunny Lee All Stars.

Continuando nas subsidiárias da Pama, uma outra com bem menos lançamentos que a Unity mas com bastante importância foi o selo Success, do produtor jamaicano Rupie Edwards. Aqui também ele mantinha sua banda de estúdio, Rupie Edward All-Stars, que gravava suas versões instrumentais BOSS!.

Foi com Rupie que Gregory Isaacs cantou seus primeiros sucessos nesse novo ritmo, uma delas é a acelerada “Don't Let Me Suffer”.

Uma curiosidade é que Gregory Isaacs em 1969 já cantava com o pseudônimo de Winston Sinclair. Para quem ficou curioso, escute a faixa “Another Heartache” da nossa coletanêa Bak to 69' Vol. 3., reparem também para a rápida guitarra total distorcida.



Nessa mesma época o mestre Lee Perry também produzia bastante música instrumental, nunca mencionando o nome skinhead nas canções mas com a mesma pegada musical. Sua banda de estúdio, Os Upsetters, foi a base da música jamaicana. O grupo tinha na formação os irmãos Barrett além de Glen Adams no órgão e, na guitarra, Alva Lewis, que chegou a cantar alguns rocksteadys no início da carreira. Os lançamentos de Perry pela Pama saiam pelo selo Punch.

Lambert Briscoe dono do sound system Hot Rod situado no subúrbio de Londres, mais precisamente em Brixton, onde moravam muito imigrantes caribenhos, recebeu da gravadora Trojan em 1970 um selo de presente com o mesmo nome de seu Sound, por esse selo ele gravou alguns temas instrumentais que viraram febre entre os skinheads, a base de todos os sons era a banda de estúdio Hot Rod All Stars, dirigida por Briscoe.

Ele também produziu e lançou vários clássicos do Skinhead Reggae pela label Torpedo Records de Eddie Grants, também com sua banda de estúdio Hot Rod All Stars. Com certeza é um dos selos mais consagrados de todos os tempos, pois lançou muito material destinado aos skinheads. Hoje em dia os compactos originais são bem caros, já que são itens obrigatórios na coleção de amantes do gênero, exemplo disso são os boss tunes "Moonhop in London" e a raríssima "A.G.G.R.O".

Outro produtor de sucesso da Trojan foi Joe Mansano, nascido em Trinidad e Tobago. Mansano se mudou para Londres em 1963 e viveu toda a evolução do Blue Beat até a explosão do Skinhead Reggae. O cara tinha uma loja de discos e era tão respeitado nesse meio que recebeu da Trojan um selo com seu nome: “JOE”, responsa né?

A maioria das gravações tinha como banda de apoio os Cimarons, que lançou bons discos de roots anos mais tarde, e também contaria com algumas diferentes formações de músicos de estúdio sob o nome de Joe All Stars.

O trombonista Rico Rodriguez também fazia participações constantes, além das intervenções de Hopeton Reid (Pama Dice), considerado um dos primeiros deejays da história ao lado de Count Machuki e King Stitt.

Fora do eixo Pama-Trojan outros produtores não menos importantes que merecem ser ao menos citados aqui são Leslie Kong (Berveley's), Clancy Eccles (Clandisc), Harry Johnson (Harry J.), Sir Collins (Down Beat), Joe Gibbs (Amalgamated ), Derrick Harriott (Crystal).

Outro nome de peso do Skinhead Reggae foi o produtor/cantor/organista Lloyd Charmers. Ao lado dos Hippy Boys lançou diversos temas instrumentais que eram febre entre os skinheads, o engraçado era que o Reggae feito por Charmers era extremamente psicodélico, com vários timbres de órgão e letras sem nexo algum. Algo bem paradoxal se pensarmos que a cultura skinhead surgiu para diferenciar os hard mods dos mods. Estes últimos que passaram a aderir ao rock psicodélico sessentista que fez a fama dos hippies. Mas isso não tira nenhum mérito de Lloyd Charmers, o som do cara era duma qualidade tão alta que mesmo ele considerando sua música “Psychedelic Reggae” os skinheads continuavam a adorar o som dele, sem dúvida alguma ele foi um dos principais nomes do estilo.

O Skinhead Reggae carrega todo um espírito de rebeldia da juventude, o shuffle da guitarra com a distorção ligada e a batida acelerada se misturam com o hammond segurando as notas mais agudas gerando uma sensação de agitação total. Era esse sentimento que levava os jovens britânicos aos clubs toda semana. A música era a cultura skinhead, e eles amaram esse gênero musical que era feito para eles e que levava o nome deles.




Texto: Luís Cruz (You&Me)

Fotos: Gavin Watson




(Texto chupinhado do You & me on a jamboree)